“Soy responsable de mi
ignorancia, de la voluntad que elijo en que lo insisto. Soy
responsable de repudiar
lo que no amo, lo que me hace mal. Me importa mi país, me
importa el tiempo en
que vivo.”
Anahi Cao, poema
33
CICLO LUNAR é um livro de constatações e de conquistas neste
tempo em que liberdades recém-adquiridas convivem com novos
aprisionamentos: padrões
estéticos, estereótipos
cansados, violência,
obstáculos à visibilidade.
Ao invocar uma consciência coletiva em seus
versos, a Poeta nos convida a uma viagem de conhecimento pessoal e histórico; parte de um território primitivo que se compõe em corpo feito de gozo,
envelhecimento e morte, ciclo antropofágico da vida:
“3
Yo soy el cuerpo que respira, la ansiedad que traiciona, los partos
que tuve, la insatisfacción, el gemido,
el tacto, la historia.
Soy el ansia de mis pechos blandos como semillas em la tierra húmeda, el amor em el
calor de mis entrañas, el incendio suave, la voz del placer profundo,
del silencio.”
Não por acaso, CICLO LUNAR
desentranha-se por todo o livro em 33 fragmentos, desconstruindo, desta forma,
o discurso pré-concebido da estrutura do
poema ou da prosa: “... Integração de
contrários e supressão da finalidade, princípio
que tem por objeto a superação de limites, a progressiva individualidade, a
liberdade” (Haro,
Pedro Aullón de. “Teoria del poema em prosa”. In Quimera: revista de literatura, nº 262, 2005, os. 22-25)
Matéria feminina transformada em versos, folhas que
se fundem ao solo decomposto, CICLO LUNAR é fim... que se alimenta do começo.
Ciclo Lunar é da Editora La Luna Que, 2015
Adriana
Aneli
Vou procurar para adquirir! Ótimo título, bela poesia, oferecida aqui! Grata pela dica!
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