nos campos de guerra
sobrevivem borboletas
: as pétalas mudas
Sou peregrina.
Experiencial, nos mistérios desta rota de imagens escritas e poesia traçada a
cores. Campo aberto. Refinados artistas que não traem esforços: executam hai y kai com o domínio pleno de suas técnicas.
Chris Herrmann tem olhos e mãos de
poeta. Construtora de versos, desenha sílabas poéticas, pinceladas precisas,
sensação, sensibilidade, memória, oriente e ocidente a carvão diluído, tempo
materializado, palavra que corta: flagrantes da (nossa) natureza.
Leo Lobos não traduz poemas, interpreta
linguagens. Nos 50 passos dessa dança, nunca abandona as possibilidades da
construção do texto. Mestre na
representação de cores e formas, estudioso da história e da cultura, fortalece
as relações entre idioma e imaginário.
No percurso, miram-se
e admiram-se Bashôs, Leminskis, Franchettis, Alices, Jiddus, Beneditas, Hideos,
Alvaros para então brotarem - originais e únicos - os Haichris.
Ao final da
viagem, trago-os todos para casa: luzes
sombreadas, contornando minha mente: retornando-me.
Adriana Aneli
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