Sinônimo de aborrecimentos, de
incompreensões, teimosias e outros tantos epítetos que fazemos questão de acrescentar
quando falamos do adolescente... Precisamos compreendê-los.
Será que todos nós não exageramos
e valorizamos apenas os tais “defeitos” deste ciclo de vida, quando na verdade
são seres lindos, desabrochando para a vida adulta?
Temos, ao invés de criticá-los,
refletir sobre o nosso papel junto aos adolescentes, tão queridos, mas que,
muitas e muitas vezes, levam-nos ao limite da nossa paciência. Difícil? Muito
difícil.
O que me surpreende, nesta longa
jornada, é que eu já enfrentei o mesmo problema: como mãe, depois como avó, agora,
como bisavó. Falo com toda sinceridade: ainda não havia experimentado tantas preocupações. A vida passava tranquilamente, impondo pequenos
contratempos.
Mas os anos passaram velozmente e
agora, chegando em 2016, eu me pergunto: por que todos nós damos este aspecto
tão pejorativo à abençoada adolescência? Por que como mãe e avó, abordei com
mais serenidade os mesmos problemas?
Passei horas, dias talvez,
raciocinando com calma sobre o assunto e eu Nida, modestamente, cheguei a
(minha) conclusão: será que os jovenzinhos de outrora tinham mais tempo para
assistir aulas de civilidade, cuja disciplina nos colégios era chamada de
Educação Moral e Cívica?
Acredito que era muito eficiente
para a complementação do caráter dos nossos jovens. Eles tinham ali um apoio.
Seria tão proveitoso para os
adolescentes intercalarem o uso desta, sem dúvida, maravilhosa ferramenta da
tecnologia moderna, com momentos de reflexão. Para além do estudo, tempo para
pensar, refletir e então crescer lindamente, externa e internamente, mostrando
aos adultos toda a alegria da juventude. Então, creio, não seriam mais chamados
de “aborrescentes”.
Esses são os meus pensamentos
para todos os adolescentes que, por acaso, lerem este meu despretensioso
artigo, que dedico, em particular, à minha bisneta adolescente Thais.
Obrigada por lerem meu artigo!